Conceito de Dividendo: DIVIDENDOS - Pagamento efetuado pela empresa aos seus acionistas através da distribuição de parte do lucro líquido da empresa, subdividido de acordo com as diferentes classes de ação. O montante, a ser pago em dinheiro e de forma proporcional à quantidade de ações possuídas, deve ser decidido pelo Conselho Administrativo da empresa e, em geral, é pago anualmente, semestralmente ou trimestralmente.
Pela Lei das S.A., deverá ser distribuído um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido apurado em cada exercício (ShopInvest).
Segundo Krongold et. al. o sistema capitalista tem, na composição de suas empresas, a principal característica de visar lucros. Tal competitividade entre as organizações gera grandes disparidades sociais e desigualdades na distribuição de renda das sociedades. É neste atribulado ambiente que surgem as organizações sem fins lucrativos cujas naturezas são as mais diversas, englobando desde assistência médico, financeiro, social, familiar e psicológica até organizações que objetivam a agregação de membros com características físicas, religiosas, sociais, familiares, mentais, dentre outras, em comum. Exemplos dessas organizações são facilmente encontrados na sociedade e podem ser freqüentemente confundidos com empresas lucrativas dado seu excelente desempenho e representatividade na comunidade e na sociedade estando nela inserida ou não.
De acordo com essa questão, existem fatores e indicadores a serem considerados importantes para o desempenho destas organizações sem fins lucrativos. Supondo esta organização ser uma Empresa Júnior, neste caso o fator mais importante é a motivação e o indicador certamente é o comprometimento.
Motivação pode ser definida como a energia ou o impulso que mobiliza os recursos de uma pessoa para alcançar uma meta. Esta definição acredita que a motivação vem de dentro do indivíduo, e que pode ter sinônimos como “anseio”, “ânsia”, “aspiração”, “vontade”, “desejo”, “necessidade”, “incitamento”, “impulso” e “demanda”. Nesse sentido, o indivíduo é responsável por sua própria motivação - por aquilo que o impulsiona. Motivar é como dirigir uma torcida (incitar, animar), mas, muitas vezes, os “chefes de torcida” desanimam mais do que animam as pessoas. Portanto, o motivador deve desenvolver um comportamento positivo de apoio e um entusiasmo sensato.
Se as pessoas não estão motivadas a fazer alguma coisa ou a alcançar uma meta, é possível persuadi-las a fazer algo que elas preferiam não fazer, mas, a menos que estejam prontas a assumir as atitudes e os valores do motivador, o comportamento não será permanente, pois o fator de disposição não está presente.
Quanto ao indicador comprometimento, temos a questão do voluntariado, da rotatividade e dos projetos. Organizações sem fins lucrativos trabalham com dois tipos de mão de obra, a assalariada, estável e obediente às regras gerais da empresa, e a voluntária, mais motivada, porém mais volúvel e com menor comprometimento em relação à continuidade da empresa. Consideramos, portanto, que, quanto maior for o índice de voluntários dentro, menor será a estabilidade da empresa no que diz respeito à continuidade das operações. Por outro lado, quanto maior for este índice, menor será a folha de pagamento dentro da organização em comparação com uma organização convencional de mesmo tamanho. A rotatividade, abrange mais uma vez o aspecto de comprometimento dentro das organizações sem fins lucrativos, pois quanto mais vezes as vagas forem ocupadas por pessoas diferentes, maior será a rotatividade, menor será o comprometimento individual por parte de voluntários ou assalariados, e pior será a análise desta empresa por parte de futuros voluntários, doadores ou mecenas. Já os projetos, abrangem o comprometimento do pessoal e da gerência em terminar projetos abraçados pela causa. Os potenciais filantropos, mecenas e voluntários demonstram interesse em descobrir o comprometimento deste tipo de empresa em relação a projetos concluídos e iniciados, incluindo, obviamente, as causas dos projetos. (KRONGOLD et. al., 1999).
Exposto as idéias, chega-se a conclusão que o modelo de geração de dividendo dentro de uma empresa júnior, é uma idéia antiga de promover a motivação e o término das atividades, sendo que a empresa não deixará de ser uma organização sem fins lucrativos, visto que, não acumulará ganhos. Essa questão é contornada através da criação de bolsas que privilegiem o trabalho de certos estudantes dentro da empresa júnior, há diversos exemplos disto como a FEA Júnior da USP, que desenvolveu o projeto Controversa: iniciativa conjunta ao Centro Acadêmico (CAVC), consiste em uma iniciação científica aos alunos das três áreas da Faculdade, na qual são formados diversos grupos de estudo, remunerados e orientados por professores da FEA. Estes grupos desenvolvem um estudo sobre algum assunto específico durante 4 meses. Após a conclusão dos trabalhos, são selecionados os melhores artigos a serem publicados na revista Controversa, de distribuição nacional no meio acadêmico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
KRONGOLD, A. M.; STIEBLER, D.; MIRANDA, G. L. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS SEM FINS LUCRATIVOS. Outubro de 1999.